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ONU lança campanha “Igual a você” contra o estigma e o preconceito no Brasil

Iniciativa dá voz e notoriedade aos direitos humanos de estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas.

Igualdade de direitos e um chamamento à sociedade brasileira para o tema das discriminações que homens, mulheres e crianças vivem diariamente no Brasil. Esses são os objetivos da campanha “Igual a Você”, que foi lançada no dia 16 de novembro no Palácio do Itamaraty – Rio de Janeiro, pelas Nações Unidas e sociedade civil.

Durante a cerimônia, as agências da ONU apresentaram um panorama da realidade de cada população – estudantes, gays, lésbicas, pessoas vivendo com HIV, população negra, profissionais do sexo, refugiados, transexuais e travestis e usuários de drogas -, e apresentaram os 10 filmes de 30 segundos que integram a campanha.

“Igual a Você” – uma campanha contra o estigma e o preconceito dá voz e visibilidade aos direitos humanos das populações alvo da campanha. Produzidos pela agência [X]Brasil – Comunicação em Causas Públicas e gravados em estúdio com trilha sonora original de Felipe Radicetti, os filmes apresentam mensagens de lideranças de cada um dos grupos discriminados, levando em consideração às diversidades de idade, raça, cor e etnia.

A campanha surge como uma iniciativa contra as violações de direitos humanos e desigualdades, especialmente nas áreas da saúde, educação, emprego, segurança e convivência. Trata-se de uma oportunidade de sensibilização da sociedade brasileira para o respeito às diferenças, que caracterizam cada um dos grupos sociais inseridos na campanha, reafirmando a igualdade de direitos.

Acesse a Campanha:

www.onu-brasil.org.br ou http://www.youtube.com/user/UNAIDSBr

Ban elogia Obama por retirar restrições de entrada aos portadores de HIV nos EUA

Quase 60 países mantêm restrições a viajantes infectados pelo vírus

O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, fez um discurso elogiando o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pela retirada das restrições impostas aos portadores do vírus HIV que ingressam no país.

As dificuldades sofridas pelos viajantes infectados são parte de uma política restritiva adotada em 1987 pelos EUA, e é comum em quase 60 países. Com o anúncio da queda dessas barreiras, é inaugurada uma nova política em torno da doença nos EUA, e espera-se que haja repercussão no resto do mundo a ponto de levar países na mesma direção.

Ban se mostrou entusiasmado com a iniciativa americana, e fez um pedido aos outros países que ainda impõem restrições aos soropositivos, “Eu insisto, os países que ainda mantêm algum tipo de restrição devem retirá-las”, disse.

Ao assinar sua participação na Ação de Extensão do Tratamento de HIV/Aids Ryan White de 2009 (Ryan White HIV/Aids Treatment Extension Act of 2009), programa que providencia desde 1990 tratamento e serviços de suporte a pessoas que vivem com o HIV, Obama deu um passo a frente no combate ao preconceito contra o vírus.

O nome Ryan White, dado à Ação, foi adotado em homenagem a um garoto adolescente que ficou conhecido nacionalmente nos EUA por combater o preconceito e o ostracismo em relação à doença, após contrair o vírus em uma transfusão de sangue contaminado. O menino morreu em 1990.

Em agosto, na última Conferência Global de Aids, Ban afirmou que “todos devíamos nos sentir envergonhados” por ainda existirem restrições a viajantes portadores da doença. O Diretor Executivo do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids (UNAIDS), Michel Sidibé, também elogiou a medida do presidente americano, e disse que este tipo de restrição “além de não ter fundamento como medida de segurança à saúde, fere os direitos humanos”.